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O Segredo da Aposentadoria em 2024: Descubra a Regra de Transição Perfeita para Garantir a Sua Aposentadoria!

Certamente, você já se questionou sobre qual seria a melhor regra de aposentadoria, especialmente após a Reforma da Previdência, que estabeleceu normas de transição para aqueles que já contribuíram para o INSS antes de 13/11/2019.

No entanto, é crucial ressaltar que não há uma única regra de transição considerada a melhor para todos os casos.

Entenda isso: a situação de cada segurado do INSS é única.

Portanto, para determinar qual regra de transição resultará no melhor benefício, tudo dependerá da maneira como você contribui para o INSS e do seu planejamento.

Apesar de as regras apresentarem requisitos específicos, a forma como você contribui e organiza suas finanças será determinante para identificar qual regra de aposentadoria pode ser vantajosa ou prejudicial no seu caso.

Neste artigo, apresentarei as informações essenciais para alcançar uma aposentadoria de qualidade, alinhada aos seus objetivos e necessidades pessoais.

Explore os tópicos a seguir para desvendar o segredo de conquistar a aposentadoria ideal:

1.Como Funcionam as Regras de Transição Para Aposentadoria 2024?

2. 04 Regras de Transição Para Saber em 2024

3. Regras de Transição para Outros Tipos de Aposentadorias

4. Como Escolher a Melhor Aposentadoria na Regra de Transição?

Continue conosco e saiba mais!

  1. Como Funcionam as Regras de Transição Para Aposentadoria 2024?

O conceito de regras de transição se aplica aos segurados que já contribuíram para o INSS antes da entrada em vigor da Reforma da Previdência em 13/11/2019, mas não conseguiram se aposentar até 12/11/2019.

Essas regras foram estabelecidas para proporcionar uma transição suave para aqueles que estavam prestes a se aposentar, particularmente no contexto da aposentadoria por tempo de contribuição do sistema previdenciário anterior. 

Em outras palavras, essas normas viabilizam que você se aposente seguindo as regras de transição entre o sistema previdenciário antigo e o novo, implementado pela Reforma.

As regras de transição oferecem uma alternativa para indivíduos que já estavam contribuindo para o INSS antes da implementação da Reforma da Previdência em 13/11/2019.

Cada uma dessas regras apresenta critérios distintos.

É crucial observar que aqueles que começaram a contribuir após 13/11/2019 não têm direito às regras de transição. 

Nesse cenário, eles terão acesso às novas normas estabelecidas a partir da Reforma.

  1. 04 Regras de Transição Para Saber em 2024

Após a entrada em vigor da Reforma da Previdência em 13/11/2019, foram estabelecidas quatro regras de transição para a aposentadoria por tempo de contribuição, cada uma com requisitos específicos.

Regra de transição da idade mínima progressiva:

Requisitos para a mulher:

  • Tempo de Contribuição: 30 anos;
  • Idade: 58 anos e 6 meses em 2024, aumentando 6 meses por ano até atingir 62 anos a partir de 2031.

Requisitos para o homem:

  • Tempo de Contribuição: 35 anos;
  • Idade: 63 anos e 6 meses em 2024, aumentando 6 meses por ano até atingir 65 anos a partir de 2027.

Regra de transição da aposentadoria por pontos:

Requisitos para a mulher:

  • Tempo de contribuição: 30 anos;
  • Pontos: 91 em 2024, aumentando 1 ponto por ano até atingir 100 pontos em 2033.

Requisitos para o homem:

  • Tempo de contribuição: 35 anos;
  • Pontos: 101 em 2024, aumentando 1 ponto por ano até atingir 105 pontos em 2028.

Regra de transição do pedágio de 50%:

Aplicável para a mulher com 28 anos de tempo de contribuição e para o homem com 33 anos de tempo de contribuição na data da Reforma da Previdência (13/11/2019).

Pedágio de 50% sobre o tempo que faltava para completar 30 anos (mulher) ou 35 anos (homem) na data da Reforma.

Regra de transição do pedágio de 100%:

Requisitos para a mulher:

  • Tempo de contribuição: 30 anos;
  • Idade: 57 anos na Data de Entrada do Requerimento (DER).

Pedágio de 100% sobre o tempo que faltava para a aposentadoria na data da Reforma.

Requisitos para o homem:

  • Tempo de contribuição: 35 anos;
  • Idade: 60 anos na DER;
  • Pedágio de 100% sobre o tempo que faltava para a aposentadoria na data da Reforma.
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  1. Regras de Transição para Outros Tipos de Aposentadorias

Explore os requisitos para diferentes regras de transição, que não estão necessariamente relacionadas à aposentadoria por tempo de contribuição.

1. Regra de Transição da Aposentadoria Especial:

Aplicável a segurados que desempenhavam atividades insalubres ou perigosas antes da Reforma, mas não conseguiram se aposentar até 13/11/2019.

Requisitos para homens e mulheres:

  • Atividade de baixo risco: 86 pontos + 25 anos de atividade especial;
  • Atividade de médio risco: 76 pontos + 20 anos de atividade especial;
  • Atividade de alto risco: 66 pontos + 15 anos de atividade especial;
  • Pontuação: Soma da idade + tempo de atividade especial + tempo de contribuição comum.

2. Regra de Transição da Aposentadoria por Idade:

Requisitos para mulheres:

  • Tempo de contribuição: 15 anos.
  • Idade: 62 anos.
  • Valor da aposentadoria: 60% da média dos salários + 2% ao ano após 15 anos de contribuição.

Requisitos para homens:

  • Tempo de contribuição: 15 anos.
  • Idade: 65 anos.
  • Valor da aposentadoria: 60% da média dos salários + 2% ao ano após 20 anos de contribuição.

3. Regras para Servidores Públicos:

Servidores públicos federais, sob o RPPS, têm direito a duas regras de aposentadoria:

– Requisitos para mulheres:

– Tempo de contribuição: 30 anos.

– Somatório de 86 pontos + 1 ponto por ano (2020 em diante) até atingir 100 pontos em 2033.

– Requisitos para homens:

– Tempo de contribuição: 35 anos.

– Somatório de 96 pontos + 1 ponto por ano (2020 em diante) até atingir 105 pontos em 2028.

Regra do Pedágio de 100%:

– Requisitos para mulheres:

– Tempo de contribuição: 30 anos.

– Idade: 57 anos (com integralidade e paridade para ingressantes antes da EC 41/2003).

– Pedágio: 100% do tempo faltante até 30 anos na data da Reforma (13/11/2019).

– Requisitos para homens:

– Tempo de contribuição: 35 anos.

– Idade: 60 anos (com integralidade e paridade para ingressantes antes da EC 41/2003).

– Pedágio: 100% do tempo faltante até 35 anos na data da Reforma (13/11/2019).

4. Como Escolher a Melhor Aposentadoria na Regra de Transição?

Selecionar a opção mais vantajosa dentro das regras de transição exige:

  • Compreensão dos requisitos específicos de cada regra;
  • Avaliação dos cálculos de aposentadoria;
  • Análise do custo-benefício;
  • Formulação de um plano de aposentadoria.

A seguir, detalharei brevemente cada um desses passos.

Passo 1: Entender quando fecham os requisitos para você se aposentar

No vasto universo previdenciário, compreender os critérios de cada regra é crucial. Somente após analisar os requisitos será possível determinar o momento da aposentadoria. Por exemplo, considere o caso do Allan.

Exemplo do Allan

Em 2023, o vendedor Allan, aos 60 anos e com 30 anos de contribuição, busca orientação para sua aposentadoria.

Embora Allan tenha 60 anos, ele ainda não atingiu os 35 anos de contribuição exigidos, tendo acumulado 30 anos até 2023. 

Faltam, portanto, 5 anos para cumprir o tempo mínimo nas regras de transição da aposentadoria por tempo de contribuição.

Ao explorar a regra de transição da aposentadoria por idade, Allan percebe que precisa esperar mais 5 anos para se aposentar aos 65 anos.

Passo 2: Verificar os cálculos da aposentadoria

Compreender as datas prováveis para a aposentadoria e identificar a regra mais rápida não é suficiente. 

Antecipar a aposentadoria pode resultar em um benefício de menor valor. Allan, por exemplo, avaliou quatro opções de cálculos com base em sua média salarial de R$ 3.500,00 em 2023.

Opções de Cálculos para Allan:

Regra de transição da idade mínima progressiva (2028):

  • Tempo de contribuição: 35 anos;
  • Coeficiente: 90%;
  • Resultado: Aposentadoria de R$ 3.150,00 em 2028.

Regra de transição da aposentadoria por idade (2028):

  • Mesmo coeficiente de 90%.
  • Resultado: Aposentadoria de R$ 3.150,00 em 2028, com maior flexibilidade no cálculo.

Regra de transição dos pontos (2031):

  • Tempo de contribuição: 38 anos;
  • Coeficiente (2030): 96%;
  • Resultado: Aposentadoria de R$ 3.360,00 em 2031.

Regra de transição do pedágio de 100% (2035):

  • Coeficiente: 100%;
  • Resultado: Aposentadoria de R$ 3.500,00 em 2035;

Passo 3: Analisar o custo-benefício

O momento crucial é analisar o custo-benefício, as necessidades e objetivos individuais devem orientar a escolha. 

No caso de Allan, uma aposentadoria pela regra do pedágio de 100% oferece um benefício maior, mas o custo-benefício pode variar. 

A análise minuciosa determinará a opção mais adequada para alcançar as metas de aposentadoria.

Escolher entre um benefício mais substancial ou o melhor custo-benefício pode ser um dilema. 

Inicialmente, a ideia de Allan buscar uma aposentadoria com um valor mais elevado pareceu atraente, pois ele planeja encerrar sua carreira ao se aposentar.

É compreensível que valores mais altos possam parecer mais atrativos à primeira vista. 

Contudo, a perspectiva de longo prazo destaca que a quantia mais expressiva, por si só, pode não garantir necessariamente o melhor custo-benefício.

No cenário de Allan, a intenção é assegurar um benefício mais robusto para contribuir tanto com os gastos familiares quanto com seu planejamento financeiro abrangente. 

No entanto, como mencionado anteriormente, optar pela aposentadoria com o maior valor imediato pode não ser a escolha mais vantajosa em termos de custo-benefício ao longo do tempo.

O planejamento cuidadoso é essencial para identificar a melhor regra de transição, portanto, enfatizo a importância de elaborar um plano de aposentadoria com a assessoria de um advogado confiável, especializado em direito previdenciário.

Ao considerar apenas o maior valor de benefício, muitas vezes, não se obtém uma visão abrangente, podendo resultar em uma aposentadoria desvantajosa. 

Assim, a chave está em investir em um plano de aposentadoria que permita compreender não apenas o custo-benefício a longo prazo, mas também identificar o cenário mais favorável para alcançar ganhos significativos.

Não há uma única regra universalmente benéfica para todos os segurados, portanto, a elaboração de um planejamento previdenciário em conjunto com um advogado especializado se revela como o segredo ideal para alcançar a aposentadoria mais vantajosa.

Considerando a singularidade de cada caso, os históricos contributivos diferem entre si, e as regras de aposentadoria envolvem cálculos variados. 

Compartilhar estas informações com amigos e conhecidos que possam se beneficiar delas é uma forma de disseminar conhecimento sobre assuntos previdenciários essenciais.

Buscar a orientação de um advogado especializado emerge como o caminho mais seguro para conquistar o tão almejado benefício previdenciário em um futuro próximo. 

Agradeço por sua leitura atenta e espero que este conteúdo tenha sido enriquecedor para você. 

Até a próxima! 

Um abraço.

Alessandro Liberato, advogado formado na Unoeste, advogado de aposentadoria e benefícios do INSS e benefícios assistenciais, especialista pela Universidade Legale em previdência assistência social. Vice-presidente da Comissão Estadual de Direito Previdenciário (2019- 2021)