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Contribuição do INSS Abaixo do Mínimo: Saiba Como Resolver Aqui!

Entenda a importância crucial da contribuição do segurado do INSS para garantir seus benefícios da Previdência Social. 

Descubra os problemas que surgem quando a contribuição é inferior ao salário-mínimo e como isso pode afetar seu futuro. 

Aqui, você irá ler:

1. Como Funciona a Contribuição Previdenciária?

2. Como os Trabalhadores Contribuem Para o INSS?

3. Qual o Valor Mais Baixo e Mais Alto para Pagar INSS?

4. O Que Significa Contribuição Abaixo do Valor Mínimo no INSS?

5. O Que Fazer Quando a Sua Contribuição do INSS Fica Abaixo do Mínimo?

Neste artigo, vamos esclarecer os detalhes e consequências dessa situação desafiadora, além de oferecer orientações essenciais para contornar o problema. 

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Não deixe de conferir!

  1. Como Funciona a Contribuição Previdenciária?

A Previdência Social tem como objetivo fornecer proteção e amparo às pessoas que não possuem mais capacidade de se manter financeiramente.

Se você está em uma fase avançada da vida e já não consegue trabalhar, a alternativa é solicitar uma aposentadoria, buscando sustento e segurança nessa fase da vida.

Contudo, é importante lembrar que a Previdência Social opera de forma contributiva. 

Em outras palavras, para usufruir dos benefícios previdenciários, é necessário realizar contribuições regulares para o sistema.

Por exemplo, a maioria dos trabalhadores da iniciativa privada está obrigada a contribuir para o INSS. Através dessas contribuições, o segurado conquista o direito a diversos benefícios, como:

As contribuições ao INSS são fundamentais para garantir a segurança financeira no futuro e obter auxílio em diferentes circunstâncias da vida.

  1. Como os Trabalhadores Contribuem Para o INSS?

A contribuição para o INSS é realizada por dois grupos de segurados: os obrigatórios e os facultativos.

Segurados Obrigatórios

Os segurados obrigatórios são aqueles que, em função de sua atividade econômica remunerada, devem efetuar pagamentos mensais para a Previdência Social. Isso inclui:

  • Trabalhadores Empregados (regidos pela CLT).
  • Trabalhadores Domésticos.
  • Trabalhadores Avulsos.
  • Contribuintes Individuais, incluindo Microempreendedores Individuais (MEIs).
  • Trabalhadores rurais, inclusive segurados especiais.

No caso dos empregados, domésticos e avulsos, o recolhimento é de responsabilidade do empregador, que deve garantir o devido pagamento. 

Os demais segurados obrigatórios são responsáveis por efetuar suas próprias contribuições.

Segurados Facultativos

Os segurados facultativos, por sua vez, contribuem de forma voluntária para garantir acesso aos benefícios previdenciários, mesmo sem exercer uma atividade remunerada. Essa categoria inclui:

  • Estudantes.
  • Bolsistas.
  • Desempregados.

Para os segurados facultativos, assim como os contribuintes individuais, as alíquotas de contribuição variam entre 20% sobre um valor que pode ser o salário-mínimo ou o teto do INSS, com a opção de contribuir apenas com 11% sobre o salário mínimo. 

Em alguns casos específicos, é possível contribuir com uma alíquota de 5% sobre o salário-mínimo, desde que o segurado se enquadre no conceito de baixa renda.

Para cada categoria de segurado e tipo de contribuição, existem códigos específicos a serem inseridos na Guia da Previdência Social (GPS) para o correto recolhimento.

A contribuição previdenciária é fundamental para garantir os direitos previdenciários no futuro e assegurar proteção financeira em diversas situações da vida. 

É importante estar atento aos valores e prazos para não correr o risco de perder benefícios ou enfrentar problemas no futuro.

contribuição INSS
  1. Qual o Valor Mais Baixo e Mais Alto para Pagar INSS?

Ao contribuir para a Previdência Social, é importante estar ciente dos valores mínimos e máximos permitidos. 

Esses limites determinam o quanto um segurado pode recolher mensalmente e qual o valor máximo de benefício que poderá receber.

Valor Mínimo

O valor mínimo de contribuição corresponde ao salário mínimo vigente. Em 2023, esse valor é de R$ 1.320,00. 

Portanto, qualquer segurado que opte por contribuir deve respeitar esse montante como o menor valor possível.

Valor Máximo (Teto do INSS)

Por outro lado, o valor máximo de contribuição é conhecido como o Teto do INSS

Esse montante é definido anualmente e estabelece o limite base para as contribuições previdenciárias. Em 2023, o Teto do INSS é de R$ 7.507,49.

Por exemplo, para um segurado facultativo que escolhe contribuir com 20% sobre o Teto do INSS em 2023, o valor mensal do recolhimento será de R$ 1.501,50. 

Contribuir próximo ao Teto é uma estratégia para garantir uma aposentadoria mais robusta.

Para os segurados empregados CLT, o cálculo da contribuição é feito sobre a remuneração recebida. 

Suponha que um trabalhador CLT ganhe R$ 8.000,00 por mês em 2023. Nesse caso, sua contribuição será calculada apenas sobre o Teto do INSS (R$ 7.507,49), pois esse é o valor máximo de benefício que pode ser recebido.

É fundamental respeitar o limite do Teto do INSS tanto para as contribuições quanto para o valor máximo do benefício a ser recebido. 

Em situações excepcionais, é possível receber valores superiores ao Teto, mas essas situações são raras e estão sujeitas a regras específicas.

Ter ciência desses valores é essencial para um planejamento previdenciário adequado, garantindo benefícios compatíveis com a realidade contributiva de cada segurado.

  1. O Que Significa Contribuição Abaixo do Valor Mínimo no INSS?

Conforme mencionado anteriormente, os contribuintes individuais e facultativos que optam por contribuir com 20% devem respeitar um valor base entre o salário-mínimo e o Teto do INSS. 

Isso é necessário para garantir que não ocorram contribuições abaixo do mínimo.

As contribuições abaixo do mínimo podem até ser feitas, mas há o risco de serem invalidadas pelo INSS por não terem atingido o valor mínimo exigido para os segurados. 

A razão para isso está relacionada ao fato de que a Previdência Social utiliza o salário-mínimo nacional como valor mínimo de benefício.

Imagina alguém contribuir durante toda a vida com um valor abaixo do mínimo e, ao se aposentar, receber apenas o salário-mínimo como benefício. 

Isso seria incompatível com o sistema contributivo da Previdência, onde se espera que aqueles que contribuem com valores baixos recebam benefícios correspondentes.

Antes da Reforma da Previdência, que ocorreu em 13 de novembro de 2019, essa possibilidade ainda existia para trabalhadores CLT, avulsos e domésticos. 

No entanto, após a reforma, essa opção foi extinta, destacando ainda mais a importância de contribuir sempre acima do valor mínimo nacional.

Dessa forma, é fundamental realizar contribuições adequadas e compatíveis com o seu planejamento previdenciário, garantindo que, no momento da aposentadoria, você tenha direito a benefícios proporcionais às suas contribuições

Contribuir acima do valor mínimo é uma forma de assegurar uma aposentadoria mais condizente com a trajetória contributiva do segurado.

5. O Que Fazer Quando a Sua Contribuição do INSS Fica Abaixo do Mínimo?

Após conferir suas contribuições no CNIS, é possível que você tenha identificado períodos em que sua contribuição ficou abaixo do valor mínimo

Não se preocupe, isso é mais comum do que parece, especialmente quando o empregado CLT deixa o emprego no início do mês, resultando em uma contribuição proporcional.

Aqui estão algumas orientações sobre o que fazer caso identifique contribuições abaixo do salário-mínimo, vejamos a seguir.

Contribuições anteriores a 13/11/2019

Para segurados facultativos e contribuintes individuais (incluindo MEIs), é possível solicitar a complementação das contribuições ao próprio INSS

Isso deve ser feito por meio de um requerimento específico ao Instituto, a solicitação pode ser feita a qualquer momento, mesmo para contribuições de anos anteriores. 

Outra opção é fazer a complementação ao solicitar a aposentadoria, onde o INSS emite uma guia para pagamento. 

Os trabalhadores CLT, empregados domésticos e trabalhadores avulsos não precisam fazer a complementação, pois suas contribuições abaixo do mínimo são computadas para todos os fins.

Contribuições posteriores a 13/11/2019

Após a Reforma da Previdência, contribuições abaixo do mínimo não são computadas para nenhum fim, incluindo o cálculo do benefício, carência, manutenção da qualidade de segurado e tempo de contribuição

Isso se aplica a todos os tipos de segurados, incluindo os CLT, domésticos e avulsos. Existem algumas opções para resolver essa situação:

Complementar as contribuições

O segurado pode pagar o valor que falta para atingir a contribuição mínima, para isso, basta entrar no site da Receita Federal e fazer o requerimento para a complementação.

É possível agrupar contribuições abaixo do mínimo com outras competências que tiveram valores maiores, desde que a soma resulte no valor do salário mínimo. 

Nesse caso, é necessário fazer um requerimento no INSS para realizar o agrupamento.

Pode-se utilizar os valores de contribuições maiores para completar as contribuições abaixo do mínimo. Isso reduzirá o valor base de contribuição, o que pode afetar o valor da aposentadoria.

É importante lembrar que essas opções só podem ser utilizadas para competências do mesmo ano. 

Além disso, se o segurado faleceu, os dependentes podem complementar as contribuições para garantir o direito à Pensão por Morte, mas devem fazer isso até o dia 15 de janeiro do ano seguinte ao falecimento do segurado. 

Após esse prazo, não é mais possível complementar as contribuições do falecido.

Agora você está bem informado sobre como funcionam as contribuições abaixo do mínimo e sabe o que fazer caso se depare com esse cenário. 

Além disso, aprendeu sobre o funcionamento da Previdência Social e como os segurados contribuem para o sistema.

Lembre-se de verificar em qual competência sua contribuição abaixo do mínimo ocorreu, pois as regras podem variar de acordo com a data. 

Se for após a Reforma, analise cuidadosamente as opções disponíveis e escolha a mais adequada para a sua situação.

Espero que este conteúdo tenha sido esclarecedor e útil para você.

Compartilhe-o com seus conhecidos, amigos e familiares, para que também possam ficar por dentro dessas informações valiosas.

Leia também: Aposentadoria da Mulher

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Agora, encerro por aqui. 

Um abraço e até a próxima!

Alessandro Liberato, advogado formado na Unoeste, advogado de aposentadoria e benefícios do INSS e benefícios assistenciais, especialista pela Universidade Legale em previdência assistência social. Vice-presidente da Comissão Estadual de Direito Previdenciário (2019- 2021)