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A Periculosidade nas Atividades do Produtor Rural: Direitos Trabalhistas Garantidos

O trabalho rural envolve diversas atividades que expõem os trabalhadores a riscos elevados, caracterizando condições de periculosidade.

Esses riscos, previstos na lei trabalhista, garantem ao produtor rural o direito ao adicional de periculosidade, além de outras proteções legais.

Neste artigo, exploraremos o conceito de periculosidade, as atividades que geram esse direito e como buscar o cumprimento das obrigações trabalhistas.

O Que é Periculosidade no Trabalho Rural?

Atividades Perigosas do Produtor Rural

Direitos Trabalhistas Relacionados à Periculosidade

Como Solicitar o Adicional de Periculosidade?

E Se o Empregador Não Pagar?

A Importância de Contar com Um Advogado Especialista

Confira agora este post, e, saiba dos seus direitos!

O Que é Periculosidade no Trabalho Rural?

A periculosidade é caracterizada pela exposição do trabalhador a condições que oferecem risco iminente à sua vida ou integridade física.

No caso do produtor rural, a periculosidade está diretamente relacionada ao uso de maquinários pesados, exposição a produtos químicos perigosos, manuseio de equipamentos elétricos e trabalho em altura ou ambientes insalubres.

De acordo com o Art. 193 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), são consideradas atividades perigosas aquelas que envolvem contato permanente com:

  • Inflamáveis ou explosivos;
  • Substâncias químicas nocivas;
  • Energia elétrica;
  • Riscos físicos de alto impacto (como quedas de altura ou manejo de maquinário).

Atividades Perigosas do Produtor Rural

O produtor rural, em seu dia a dia, realiza tarefas que frequentemente o expõem a riscos.

Algumas das atividades mais comuns que podem caracterizar a periculosidade incluem:

  1. Manuseio de defensivos agrícolas: A aplicação de agrotóxicos exige contato direto com substâncias químicas que podem causar intoxicações graves;
  2. Operação de maquinário pesado: Tratores, colheitadeiras e outras máquinas agrícolas podem causar acidentes graves, como amputações ou esmagamentos;
  3. Trabalho em altura: Realizado em atividades de poda ou manutenção de estruturas rurais, oferece risco de quedas fatais;
  4. Contato com energia elétrica: Presente na manutenção de sistemas de irrigação e uso de equipamentos elétricos;
  5. Exposição a inflamáveis: O uso de combustíveis e armazenamento de produtos inflamáveis nas propriedades rurais também representa perigo constante.

Direitos Trabalhistas Relacionados à Periculosidade

Trabalhadores expostos a condições de periculosidade têm direito ao adicional de periculosidade, previsto no Art. 193 da CLT.

Esse adicional equivale a 30% do salário-base, sem considerar gratificações, prêmios ou outros adicionais.

Além disso, a lei garante:

  • Equipamentos de proteção individual (EPIs): O empregador deve fornecer EPIs adequados para minimizar os riscos;
  • Treinamento especializado: Trabalhadores que lidam com atividades perigosas devem ser capacitados para realizá-las de forma segura;
  • Condições adequadas de trabalho: A propriedade rural deve oferecer estruturas que reduzam os riscos, como locais de armazenamento seguros para químicos e maquinário.

Como Solicitar o Adicional de Periculosidade?

Para solicitar o adicional de periculosidade, o trabalhador rural deve comprovar que exerce atividades que o expõem a riscos constantes.

O processo pode incluir:

  1. Laudo Técnico: Um perito deve avaliar as condições de trabalho e emitir um laudo comprovando a exposição à periculosidade;
  2. Relatórios e Documentos: Registros de acidentes, uso de EPIs e tarefas realizadas podem reforçar o pedido;
  3. Ação Trabalhista: Caso o empregador se recuse a pagar o adicional, é possível ingressar com uma ação na Justiça do Trabalho.

E Se o Empregador Não Pagar?

Quando o empregador não cumpre suas obrigações, o trabalhador pode buscar seus direitos de forma judicial.

Nesse caso, é essencial:

  1. Registrar o problema: Reúna provas como recibos de pagamento sem o adicional, fotos das condições de trabalho e relatórios de atividades;
  2. Denunciar irregularidades: Reclamações podem ser feitas ao Ministério Público do Trabalho (MPT) ou no sindicato da categoria;
  3. Procurar um advogado especialista: Um advogado poderá ingressar com uma reclamação trabalhista para garantir o pagamento do adicional e possíveis indenizações por danos causados.

A Importância de Contar com Um Advogado Especialista

Contar com um advogado especialista em direito do trabalho é crucial para que o produtor rural receba todos os direitos previstos em lei.

Veja como ele pode ajudar:

  1. Análise detalhada do caso: O advogado avaliará as condições de trabalho e indicará a melhor estratégia para garantir o adicional de periculosidade;
  2. Reunião de provas e laudos técnicos: Ele auxiliará na coleta de documentos e na contratação de peritos, se necessário;
  3. Representação judicial: Caso seja necessário, o advogado ingressará com uma ação trabalhista para garantir o pagamento do adicional, além de possíveis danos morais e materiais;
  4. Negociação com o empregador: Muitas vezes, o caso pode ser resolvido de forma amigável, evitando desgastes prolongados.

A periculosidade é uma realidade no trabalho rural e, para garantir a proteção dos direitos dos trabalhadores, é essencial conhecer a legislação e buscar o cumprimento das normas de segurança.

Se você é produtor rural e acredita que está exposto a condições de risco sem receber os direitos devidos, não hesite em buscar auxílio jurídico.

Está enfrentando problemas trabalhistas?

Entre em contato com o Alessandro Liberato Advogados Associados.

Nossa equipe de especialistas está pronta para garantir que seus direitos sejam respeitados e que você receba tudo o que é devido!

Alessandro Liberato, advogado formado na Unoeste, advogado de aposentadoria e benefícios do INSS e benefícios assistenciais, especialista pela Universidade Legale em previdência assistência social. Vice-presidente da Comissão Estadual de Direito Previdenciário (2019- 2021)